Como camelo que passa pelo fundo da agulha, Paulo Duque surpreendeu.
O presidente do Conselho de (a)Ética arquivou a ação contra Arthur Virgílio.
Uma representação alardeada por Renan Calheiros, o ventríloquo de Duque.
O soldado de Renan portou-se na contramão do insinuado.
Dizia que a ação contra Virgílio era mais “consistente” do que as que alvejaram Sarney.
Por quê? Virgílio confessara os malfeitos, dizia Paulo Duque, ecoando Renan.
Realçava-se o fato de o líder tucano ter admitido em plenário:
1. Que autorizara um assessor a estudar na Espanha sem privá-lo do salário;
2. Que recebera de Agaciel Maia empréstimo de R$ 10 mil. “Doação”, no dizer de Renan.
3. Que sua mãe beneficiara-se de verbas de saúde de R$ 780 mil providas pelo Senado, contra um limite de R$ 30 mil.
Súbito, para surpresa geral, Paulo Duque brinda Virgílio com o mesmo tratamento que dispensara a Sarney.
Isso tudo num instante em que se encontram penduradas nas manchetes notícias sobre a costura de um grande acordo no Senado.
Dono da vontade de Duque, Renan já deu mostras de que não está em Brasília a passeio.
O líder do PMDB é um tipo peculiar de político. Recorre a todos os estratagemas para atingir os seus subterfúgios.
Assim, mesmo os brasileiros que não entendem xongas de política farejam um quê de politicagem no gesto do suplente Paulo, o duque de Renan.
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