quinta-feira, 11 de março de 2010

O exemplo do PT do Piaui e do Pará ao PT do Maranhão

Do Blog do Anselmo Raposo
O PT governa os estados vizinhos do Pará e do Piauí, no Pará a governadora Ana Julia já no seu segundo mandato assim como o Governador Wellington Dias do Piauí.
O mais interessante em ambos os casos é que tanto no Pará quanto no Piauí o PT para chegar ao governo teve como aliado o PMDB, Ana Julia Carepa, formou o palanque com Lula e Jader Barbalho, para derrotar os Tucanos e o Governador Wellington Dias partilhou com Mão Santa e aliados.
No Maranhão  alguns petistas não conseguem enxergar o quanto estratégico essa aliança é para o fortalecimento da candidatura de Dilma e do próprio PT, 
O PT do Maranhão por duas vezes foi enganado por Jackson Lago e seus aliados. O próprio Domingos Dutra sabe como foi tratado na prefeitura quando jogou fora um mandato de Deputado Federal e ficou isolado.
Alguns Petistas afirmam que aqueles que defendem aliança com o PMDB estão envergonhados e não se envergonham em ter participado de um governo aonde quem dava as cartas era o PSDB os maiores rivais do nosso Governo.
O PT do Maranhão precisa crescer, e tenho certeza que essa aliança com o PMDB em torno de um projeto para o Maranhão trará ganhos políticos ao PT do Maranhão e quem sabe futuramente não tenhamos um governador, um senador, Deputados Federais e Estaduais e posemos seguir os exemplos do Pará e do Piauí.
Veja a trajetória dos Governadores do Pará e do Maranhão abaixo
Ana Julia Carepa :
Em 1992 foi eleita pela primeira vez a um cargo eletivo, sendo vereadora de Belém do Pará, assumindo em 1º de janeiro de 1993.
Em 1994, foi eleita deputada federal pelo estado do Pará, deixando o cargo de vereadora.
Em 1996, formou-se chapa a vice-prefeita com Edmilson Rodrigues e foi eleita vice-prefeita de Belém, renunciando o cargo de deputada.
Em 1998, se candidatou ao Senado Federal pelo Pará. Apesar de liderar nas pesquisas, foi derrotada nos últimos momentos da apuração.
Em 2000, se candidatou a reeleição como vereadora de Belém e foi reeleita, sendo a vereadora mais votada da história de Belém.
Em 2002, se candidatou para o Senado e foi eleita, registrando dois recordes: ser a primeira mulher a ser eleita senadora pelo estado do Pará e por ter sido a pessoa mais votada na história do Pará, para uma eleição à Câmara Alta e assumiu o cargo no senado em 1º de fevereiro de 2003, renunciando o cargo da vereadora.
Em 2004, candidatou-se à prefeitura de Belém, tendo a advogada Avelina Hesketh (Partido Liberal) como sua vice, a fim de suceder Edmilson Rodrigues e constituir um terceiro mandato petista consecutivo na capital do Pará, mas não obteve sucesso. Perdeu para o também senador Duciomar Costa, do PTB, que foi apoiado pelo governo do estado, do PSDB.
Entre 2005 a 2006, fez parte da bancada governista na CPMI dos Correios (Senado e Câmara) criada para apurar casos de corrupção no governo Lula no Escândalo do Mensalão.
Em um cenário de três governos consecutivos de políticos do PSDB (oito anos de Almir Gabriel e quatro de Simão Jatene), nas prévias estaduais do PT para essas eleições foi eleito para concorrer ao cargo de governador do estado do Pará, o então deputado estadual Mário Cardoso, que saiu vitorioso sobre a candidatura da então senadora Ana Júlia, chegando a ser anunciado ao público, porém, por determinação nacional, o partido estadual lançou o nome de Ana Júlia Carepa para candidatar-se a vaga no governo. Formou-se coligação com PCdoB, PTN, PSB e com PRB, cabendo a esse último remeter a vaga de vice, a qual ficou com Odair Corrêa, político da região de Santarém (Oeste do Pará), e tendo Mário Cardoso lançado a candidatura ao senado.
Com o decorrer da campanha, foi-se desenhando um cenário no qual Almir Gabriel (PSDB) se mantinha na liderança, segundo pesquisas, Ana Júlia (PT) em segundo lugar, o ex-prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) em terceiro, seguido do então deputado federal José Priante (PMDB, partido que participou do governo Jatene durante 3 anos e meio), além de outros candidatos minoritários.
Dos quatro principais candidatos, 3 realizaram oposição sistemática e implacável aos 12 anos de governo tucano no estado, com destaque para Priante, enquanto Almir mantinha-se sozinho defendendo as mesmas manobras políticas, porém se mantendo sempre a frente de seus adversários, apesar de ter sua vantagem gradualmente reduzida. Ana Júlia e Priante sempre apoiando o presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Época em que Ana Júlia quebra seu joelho em Canaã dos Carajás, sudeste do Pará, e é obrigada a ficar por semanas em uma cama de hospital em Belém, sendo-lhe aconselhado não mais fazer campanha.
Lula paradoxalmente, em sua campanha apóia tanto a candidatura, ao governo do estado, de Ana Júlia, candidata de seu partido, como José Priante, da base aliada, repetindo o mesmo apoio aos políticos que concorrem vaga para o senado, Mário Cardoso (PT) e Luiz Otávio Campos (PMDB), chegando a reunir todos no mesmo palanque, ainda no primeiro turno, contando com a presença do senador so Amapá José Sarney.
Nas duas últimas semanas antes das eleições, Priante passa para terceiro lugar, com ligeira vantagem sobre Edmilson Rodrigues, assustados com o crescimento do candidato peemedebista, muitos eleitores do ex-prefeito optam por não votarem em Edmilson, mas sim em Ana Júlia, para garantir que o segundo turno fôsse entre Almir e Ana Júlia e não entre Almir e Priante, fazendo Edmilson perder muitos percentuais.
O resultado do primeiro turno ficou assim desenhado: Almir Gabriel com 43,83%, Ana Júlia com 37,52%, José Priante com 14,01%, Edmilson Rodrigues com 4,19%, outros com 0,45%.
No segundo turno, uma manobra política ajudou a canditada petista, Ana Júlia recebe apoio maciço do PMDB e do deputado federal reeleito Jáder Barbalho, de alguns sectores da aliança que no primeiro turno apoiara Almir e parcial e não-oficial do PSOL, estando este último interessado prinicipalmente em herdar o restante do mandato de Ana Julia no senado com seu primeiro-suplente, José Nery, ex-petista, membro do grupo de apoio a Edmilson, juntamente com Lula e Barbalho nos palanques com Ana Júlia.
Ana Júlia lidera as pesquisas já no começo do segundo turno, mesmo fazendo campanha em cadeira de rodas, a candidata apoiada por uma ampla e pluralíssima aliança (com a presença de grupos muito heterogêneos), confirma seu favoritismo no dia 29 de Outubro de 2007, obtendo 1.673.648 votos, 54,93%; contra 1.373.474 votos, 45,07% do ex-governador tucano.
 Wellington Dias
Estreou na vida pública em 1992 quando foi eleito vereador de Teresina e em 1994 foi eleito deputado estadual chegando à presidência regional do PT (1995-1997). Em 1996 foi candidato a vice-prefeito de Teresina na chapa de Nazareno Fonteles mas não avançou para o segundo turno. Em 1998 foi o primeiro deputado federal eleito pelo PT no Piauí e no ano 2000 foi candidato a prefeito de Teresina tendo Francisca Trindade como companheira de chapa numa eleição definida em primeiro turno com a reeleição em primeiro turno do tucano Firmino da Silveira Soares Filho.
Governador
As ações de Wellington Dias na Câmara dos Deputados repercutiram quando do combate ao chamado crime organizado a partir de 1999, o que o levou a disputar a prefeitura de Teresina. Às vésperas das eleições de 2002 foi anunciado pelo PT como candidato ao Senado, mas uma articulação comandada pelo diretório nacional do partido o fez candidato ao Governo do Estado. Iniciou a campanha com baixos índices nas pesquisas de intenção de voto, porém com o decorrer da mesma sua performance melhorava à medida que seu nome firmava-se como alternativa à sucessão estadual, principalmente graças ao apoio de lideranças do PMDB. Eleito em primeiro turno para o cargo de governador do Piauí pela coligação A Vitória que o Povo Quer derrotando o governador Hugo Napoleão que disputava a reeleição. Renunciou ao mandato de deputado federal em 29 de novembro de 2002 efetivando-se assim seu primeiro suplente Roberto John (PT). Em seu interregno à frente do Executivo piauiense mantém-se em sintonia política com os ditames do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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